sexta-feira, 10 de maio de 2013

ESCOLA DO TEATRO BOLSHOI NO BRASIL - DOM QUIXOTE


Olá a todos.

Depois de muito tempo, estou de volta. Quando estava pegando o ritmo, entrei de férias, aí já viu, né...? Além de dispor de pouco tempo, quando eu o tinha, batia aquela preguiça. Ela foi parcialmente curada hoje. Vamos ver se ela me deixa em paz por um bom tempo. Com preguiça ou não, vou tentar ser mais regular dessa vez. Sigamos para a postagem de hoje.

Dom Quixote é um dos meus livros favoritos. Justamente por isso, quando vi o anúncio de que a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil faria uma apresentação aqui em Brasília e, o melhor, gratuita, tratei de correr atrás do ingresso. Três horas de sol na moleira depois (quem é careca sabe o tanto que a pele da cabeça sofre ao sol), garanti o meu ingresso e o da minha mulher. A apresentação foi no ginásio Nilson Nelson, no dia vinte e cinco do mês passado.

Toda apresentação em ginásio tem os seus inconvenientes: desconforto, tumulto para entrar e sair, os lugares não marcados, grande distância do palco. Ainda assim achei que valia a pena. Primeiro porque poderia prestigiar, pela primeira vez, uma apresentação de balé ao vivo. Depois para valorizar a iniciativa de promover  arte e a cultura, ainda mais de uma modalidade pouco conhecida e difundida no Brasil, e a Escola Bolshoi parece ter um bom projeto nesse sentido.

E valeu a pena. Não espere uma avaliação profunda porque sou totalmente leigo nessa arte. Quer dizer, não espere avaliação nenhuma. Observei o que qualquer pessoa comum observaria. A beleza dos movimentos, da coreografia e das fantasias. Mesmo não entendendo nada, gostei muito da apresentação. Claro que não dava para exigir muito, afinal a maioria dos bailarinos, por se tratar de uma escola, tinha entre 9 e 19 anos; percebi somente dois ou três acima dessa idade. Por esse motivo, mesmo eu sendo leigo, reparei algumas pequenas falhas na apresentação. Erros de posicionamento, sincronia, entrada, saída. Mas nada muito grave.

A decepção ficou por conta da participação do Dom Quixote e do Sancho Pança. Lembro-me muito pouco da história, pois li o livro há bem mais de dez anos. Porém, se eu não estou muito enganado, lembro bem que o Dom Quixote era o personagem principal e mais ativo da trama. Já a versão apresentada pela escola Bolshoi relegou ao Dom Quixote o papel de coadjuvante, bem coadjuvante mesmo. Ele não dançou em nenhum instante, ou ficava sentado ou dava umas caminhadinhas para lá e para cá. Achei tão estranha essa participação que, quando anunciaram a presença do Governador Agnelo Queiroz, cheguei a cogitar que se tratava de uma surpresa da atração, e ele, por ser alto e magro, teria feito o papel de Dom Quixote. Estava só esperando o momento dele se livrar da fantasia. Outra decepção, não era ele. Aliás, eu, por ser alto e magro, bem que poderia ter feito o papel de Dom Quixote também. O Sancho Pança ainda ensaiou alguns passos de dança, mas bem pouco.

Apesar das tais falhas e dessa decepção pessoal, o espetáculo foi muito bom e gostei muito da experiência de ver balé clássico ao vivo. Realmente, é muito bonito. Gostei tanto que já adquiri ingressos para a apresentação da companhia Russian State Ballet (essa sim formada por bailarinos profissionais), com o espetáculo Lago dos Cisnes, que vai ocorrer no sábado agora no Centro de Convenções. Acho que ainda é possível encontrar ingressos. Se tiver interesse, dê um pulo no Brasília Shopping. Fica a dica.


Um comentário:

  1. foi muito bom mesmo...interessante o uso do corpo, da dança, pra se contar um história...

    ResponderExcluir